2021-08-26
HABLEMOS DEL DANTE
El 21 de septiembre se cumplirán siete siglos de la muerte del Dante en Ravena (Florencia 1265-Ravena 1321) murió en el destierro añorando los muros de la querida patria victima de los bandos entre güelfos y gibelinos, demócratas y aristócratas. Dante Alhigieri era un aristócrata que creía en la democracia como poder del pueblo y para el pueblo, detestaba a los simoniacos de las Investiduras y el poder temporal de los papas; dad a Dios lo que es de Dios y al Cesar lo que es del Cesar. Las instituciones han de servir al bien común y no al revés. Pero los pontífices eran a la sazón señores de la guerra por eso en la Divina Comedia coloca al papa reinante Clemente V en el infierno.
Hablemos entonces del Dante el genio de la literatura universal padre de ese humanismo católico en el que creo y me considero igual que él un desterrado vivo entre el alguarín y mi chiscón las subidas a la nevera las largas horas de ordenador miro por el ventanuco y atisbo ese rebaño misterioso de las estrellas creo en en el reflujo de las mareas la gravitación de la tierra en el amor imposible a esa Beatriz inalcanzable que mueve la rueda de la fortuna y nos empuja hacia el cálamo ardiente y corriente de mis noches en vela.
El Dante buscaba respuestas añoraba el paraíso aherrojado por las cadenas del infierno de las pasiones. En la Divina Comedia yo escucho el estruendo de las trompetas del ángel del ultimo sello. Su prosa y su poesía nos hablan de una humanidad unificada en las tres religiones somos todos hijos de Abrahán y en Bolonia disertaban sobre lo conocido y desconocido frailes dominicos como Savonarola altercando con maestros mahometanos y judíos.
El odio, los bandos, las querellas las guerras son una sinrazón de la cual sólo nos libran las artes especulativas y mecánicas: el Trivium y el Quadrivium. Hablemos pues del Dante huyendo de las represalias y persecuciones o las mentiras que nos rodean. Me causa pavor escuchar a las daifas de nuestros informativos redactados por féminas judeomarxistas del harén monclovita y mediático que en Kabul quieren enmendarle la plana a Mahoma con sus alegatos de la luchas de clases convertida en pugna de géneros, no somos enemigos los hombres y mujeres somos complementos: una tapadera para manipular y destruir lo que Alá ha creado: el hombre y la mujer.
Estas tiorras quieren enmendarle la plana al Creador alzando la espada de Luzbel al grito de “non serviam”.
La guerra de Afganistán ha sido ocasión para el fomento de la lucha de clases trocada en guerra de
géneros. El Dante mandaría a todas estas al infierno de la misma manera que puso en lo más hondo de la Laguna Estigia al pontífice romano. Creía que el poder temporal y el espiritual no han de interferir. El estado ha de cuidar de los cuerpos. La iglesia encara su misión de salvar las almas. El pueblo no está sometido a las instituciones. Las instituciones son sólo para servir al pueblo. “Lasciate ogni speranza”. !Gran consuelo leer al gran florentino en tan azacaneados tiempos en medio de mis ensueños mis tristezas mis arrepentimientos y el vaho de mi cachimba subiendo a los cielos!
FERIA DEL LIBRO DE LISBOA LOS PORTUGUESES DAN A LOS ESPAÑOLES UNA LECCIÓN SON MÁS CULTOS Y AVISADOS QUE NOSOTROS
Feira do Livro de Lisboa. Milhares de livros à conquista dos leitores
Fora do seu calendário habitual, mas nunca fora de época, os livros voltam a tomar o Parque Eduardo VII, em Lisboa. É a 91.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, que decorre de 26 de agosto a 12 de setembro, com muita segurança sanitária.
TÓPICOS
Os jacarandás do Parque Eduardo VII já não estão em flor, como em quase todas as feiras do livro das nossas vidas, mas a abertura da sua 91.ª edição, marcada para esta quinta-feira, promete trazer muita animação ao centro de Lisboa. Ao todo, estarão representadas 744 marcas editoriais, reunidas num total de 131 expositores, distribuídos por 325 pavilhões. A edição deste ano é a segunda maior da história da feira em pavilhões (apenas superada pela de 2019, a última antes da pandemia) e a maior de sempre na oferta editorial. "Pelo segundo ano consecutivo vamos ter uma Feira do Livro diferente daquela a que os visitantes estão habituados", diz Pedro Sobral, vice-presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), entidade que, à imagem de edições anteriores, coorganiza este evento em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. O desafio de adaptar a feira às circunstâncias sanitárias em que ainda vivemos foi compensado, segundo diz ainda Pedro Sobral, "pela participação de muitos novos editores, livreiros e chancelas que permitem que tenhamos a maior oferta editorial de sempre".
Mas o que esperam os editores deste que é, há muito, o maior acontecimento livreiro do país, sabendo-se que os índices de leitura dos portugueses estão em queda livre há vários anos e que o setor do livro, que já não estava bem, sofre duras penas desde a declaração do primeiro estado de emergência? Rui Couceiro, editor executivo da Bertrand, responsável pela chancela da Contraponto, espera, antes de qualquer outra coisa, que a feira cumpra a sua missão de "reaproximar o público dos livros, permitindo-lhe, neste momento em que já há maior liberdade de movimentos, contactar também com os autores". Admitindo que, para a Bertrand, a feira já não é, há vários anos, o principal ponto de venda, reconhece, porém, que essa reaproximação é essencial para a atividade: "Esta feira, como as centenas de outras que se realizam um pouco por todo o país, tem também a capacidade de cativar para a leitura muitas pessoas que, no seu dia-a-dia, não frequentam livrarias, mas que vão ao parque porque é um passeio agradável. E acabam por ser seduzidas por livros e autores que nem sequer conheciam."
Ao todo, estarão representadas 744 marcas editoriais, reunidas num total de 131 expositores, distribuídos por 325 pavilhões. A edição deste ano - a 91.ª - é a segunda maior da história da feira em pavilhões.
O otimismo é partilhado por Paulo Batista, diretor comercial das Edições Saída de Emergência: "Espero o melhor porque uma grande parte dos portugueses teve acesso limitado à compra de livros no início deste ano e, como tal, terá um desejo natural renovado de ver e comprar. Por outro lado, esta fase da pandemia, com uma grande parte da população já protegida, deverá suscitar uma maior confiança e segurança aos visitantes. Estes fatores, juntamente com uma oferta diversificada de um bom catálogo, levam-nos a acreditar que esta poderá ser uma das melhores edições de sempre."
Segurança sanitária e conforto para todos
O passeio no parque, concebido na década de 1940 pelo arquiteto Francisco Keil do Amaral, pode, aliás, ser desfrutado num ambiente de segurança sanitária. À semelhança do ano passado, e de forma a evitar a propagação da covid-19, a organização ampliou os espaços de circulação, assegurando o distanciamento físico recomendado pelas autoridades sanitárias. Para o efeito, foram dispensadas infraestruturas consideradas não essenciais e apostou-se na realização de atividades ao ar livre. Foi ainda reduzido o número de espaços de restauração, eliminados os lugares sentados nas praças (com exceção dos auditórios, onde haverá limite de lotação), delimitaram-se zonas de entrada e saída, bem como o controlo de acessos ao recinto. A organização recomenda ainda a inscrição prévia a quem queira participar na programação cultural (apresentações de livros, lançamentos, palestras, sessões de autógrafos) junto das editoras e o uso da máscara é obrigatório em todo o espaço da feira, para visitantes e expositores.
A pensar nos visitantes que se fazem acompanhar pelos seus animais de estimação, a Feira disponibiliza ainda o RefresCão, um espaço com sombra e água para que os cães se possam hidratar e repousar.
Programação cultural
Tal como nos anos anteriores, há uma happy hour para os livros: a Hora H oferece descontos mínimos de 50% em obras lançadas há mais de 18 meses, funcionando entre segunda e quinta-feira, na última hora de funcionamento da feira, ou seja, entre as 21h00 e as 22h00. De regresso está também a missão "Doe os seus Livros", uma iniciativa da APEL e do Banco de Bens Doados (BBD), que desafia os visitantes a doar livros novos ou usados para que possam ganhar novos leitores. As ofertas são encaminhadas para as crianças apoiadas por instituições da entreajuda, que integram a rede das Bibliotecas de Lisboa - BLX, despertando os jovens, e em especial os mais carenciados, para o prazer da leitura. Os livros cujo estado não permite a reutilização são encaminhados para a Campanha Papel por Alimentos. Em 2020, esta iniciativa atingiu números nunca antes registados, com cerca de 20 mil livros doados, com destaque para o infantojuvenil. O pavilhão da Doação de Livros encontra-se localizado na entrada sul da Feira do Livro, próximo do Balcão de Informações da APEL. As BLX são ainda responsáveis por boa parte da programação cultural desta edição da feira, nomeadamente as destinadas ao público mais jovem, com destaque para a Hora do Conto que se realiza de segunda a sexta-feira, sempre às 17h00.
Outra instituição empenhada na dinamização cultural do certame é a Fundação Francisco Manuel dos Santos, que lançará um conjunto de debates em torno de livros seus que serão apresentados na feira. Discutir-se-ão questões ambientais a partir dos livros Terão as Ilhas da Ria de Aveiro Futuro?, de Maria José Santana (28 de agosto, 18h00-18h40), Salvar a Biodiversidade: ainda Vamos a Tempo?, da escritora Maria Amélia Loução (12 de setembro, 19h00-19h40); mas também poder local e democracia local, temas destacados por António Cândido Oliveira, com o livro Poder Local ou Democracia Local? (28 de agosto, 19h00-19h40); mas também a própria cidade de Lisboa, com o livro Lisboa: o Que É, como Evoluiu, como Poderá Ser?, de João Seixas (11 de setembro, 17h00-17h40).
Este ano tão diferente (até no calendário) marca o 90.º aniversário da feira, já que foi a 31 de maio de 1931, em pleno Rossio, que abriu a então designada Semana do Livro, organizada pela Associação de Livreiros. Com 19 stands (em forma de livro aberto) em volta da estátua de D. Pedro IV, estavam representados alguns nomes históricos do setor do livro em Portugal como a Aillaud Bertrand, a Guimarães Editores, a Parceria António Maria Pereira ou a Moraes. A crescer de ano para ano, manter-se-ia no Rossio até 1959, quando as obras do Metropolitano de Lisboa exigiram a sua mudança, provisória dizia-se, para a Avenida da Liberdade. Aí esteve até 1980, quando subiu em direção ao Parque Eduardo VII, onde se mantém, irredutível a todos planos aventados para a meterem num recinto fechado.
yo
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